Um filme inacreditável e baseado em fatos reais.
Conheça a história do cachorro que esperou lealmente seu dono por 10 anos.
Porque os sentimentos humanos podem ser passageiros, os dos cães não.


A minha vida inteira tive cachorros, hoje, aqui em casa, tenho 4, e quando eu olho pra eles, assim como para todos os outros cães, não consigo ver outro sentimento se não o amor. Todo cachorro, por mais bravo que seja, vai escolher uma pessoa como dona de sua lealdade.

Há alguns dias, um dos meus cachorros ficou muito doente, o medo de perdê-lo fez com que eu ficasse mais próxima dele e parasse pra refletir que cuidar dele era o mínimo que eu podia fazer para retribuir tantos anos de carinho. E agora que ele já está melhor, quis homenagear ele com um texto que falasse sobre a fidelidade incondicional que os cães possuem pelos humanos. Dessa forma, não poderia existir filme melhor para ilustrar isso do que Sempre ao seu lado.

O filme conta, sem muitas apelações, a história do akita Hachiko e do professor universitário Parker Winson, interpretado por Richard Gere. Hachiko foi achado na estação de trem por Parker e, ao crescer, todos os dias acompanhava seu dono até lá e depois retornava no horário de sua volta para esperá-lo em frente a estação. Após a morte do professor, essa espera nunca teve fim. Vale a pena assistir essa história de amor.


Sempre ao seu lado, como a maioria dos filmes que se baseiam em fatos reais, possui alguns fatos diferentes da realidade, até porque um filme é uma arte. O verdadeiro Hachiko viveu no Japão no início do século passado e o nome de seu dono era Eisaburo Ueno, professor da universidade de Tóquio.

A história de Hachi comoveu e até hoje comove as pessoas. Após a sua morte foi construída uma estátua na estação de trem de Shibuya, no mesmo lugar onde, durante anos, o cão esperou por seu dono. Hoje, a estátua que encontramos na estação é uma réplica fiel da primeira estátua, que foi removida e derretida durante a Segunda Guerra Mundial.

Hachi se tornou um símbolo de lealdade para o povo japonês e contribuiu para que a raça akita virasse Patrimônio Nacional do Japão. Os ossos de Hachiko foram enterrados juntos à sepultura de Ueno, sua pele foi conservada e encontramos hoje no Museu Nacional de Ciências do Japão o corpo de Hachi empalhado.

Espero que vocês gostem do filme, ele nos faz refletir a maneira como nós olhamos esses seres de quatro patas. E nos faz lembrar que, como todos nós, eles também possuem sentimentos.




Beijos *___*